Goleiro diz que foi informado pelo quarto árbitro de que não poderia enfrentar o Ituano: 'Vai ter muita explicação do São Paulo'
Se as relações do São Paulo com a Federação Paulista de Futebol (FPF) já não estavam boas, elas parecem ter piorado um pouco mais. Nesta quarta-feira, Rogério Ceni fez uma crítica à entidade por ter sido informado, erradamente, que não poderia enfrentar o Ituano.
O goleiro revelou, após o empate por 1 a 1 no Morumbi, que o quarto árbitro Raphael Claus o informou, antes do jogo, que ele não poderia entrar em campo.
- Ele disse que eu estava suspenso, mas não tomei cartão no último jogo do campeonato passado. Neste Paulista vai ter muita explicação do São Paulo - disse Ceni à Rádio CBN.
O último jogo do Paulistão do ano passado para o São Paulo foi na semifinal contra o Palmeiras. Ceni não tomou cartão. O site da Federação, por sua vez, nada apresentava sobre a tal suspensão do goleiro.
Por outro lado, o técnico Muricy Ramalho preferiu deixar esse tipo de problema com os dirigentes.
- Não gosto muito de participar dessas coisas. Às vezes existe mesmo, existiu em Brasília e agora essa novidade que a gente não esperava. Mas o São Paulo é um time grande, é difícil mexer. Eu tenho que trabalhar o time e a diretoria resolve o resto. Estávamos tranquilos porque sabíamos que não tinha nada. Pode ter sido um engano da Federação como foi contra o Goiás.
O São Paulo está rompido com a FPF desde dezembro do ano passado. Na ocasião, o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, disse ter sido avisado por sua secretária que alguém do clube tricolor, não identificado, enviaria um envelope para Reinaldo Bastos, vice-presidente da FPF. O tal envelope era para ser repassado ao árbitro Wagner Tardelli.
O juiz estava designado para apitar o jogo do time paulista contra o Goiás, mas a Comissão de Arbitragem da CBF, ao ser avisada pela FPF, optou por trocá-lo por Jailson Macedo de Freitas. O São Paulo, que só precisava do empate, venceu por 1 a 0, gol de Borges, e conquistou o hexacampeonato nacional. Apesar de Del Nero ter defendido a lisura do título tricolor, a direção do São Paulo manteve a decisão de romper relações com a Federação.
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