domingo, 18 de janeiro de 2009

Hernanes passa de camisa 32 a camisa 10.

Volante trocou de camisa e cresceu de produção nos últimos anos. Confira a evolução do jogador

Sergio Gandolphi
Sergio Gandolphi SÃO PAULO
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O número de camisa de Hernanes nos últimos anos reflete bem a evolução do meio-de-campo no São Paulo. Depois de usar o 32, 26 e o 15, agora ele é o dono da 10, camisa mais valorizada em todo o futebol.

Quando chegou, em 2005, promovido das categorias de base, o então garoto de Recife, recebeu o número 32 para atuar sob o comando de Paulo Autuori no Brasileirão. Com esta numeração, marcou três gols, mas não teve atuações boas o suficiente para ser levado ao Mundial de Clubes, realizado no Japão. Neste ano, também usou a 23 durante um jogo na Sul-Americana.

Ascensãode Hernanes

Ano JogosGols

2005
173Em seu primeiro ano como profissional no São Paulo, Hernanes teve boas atuações com o número 32 nas costas, mas não conseguiu uma vaga no elenco que foi para o Mundial.

2007
455Com esta camisa, assegurou uma vaga no time titular durante o Brasileirão e conquistou também o seu primeiro título no triciolor. Na Copa Sul-Americana, usou o a camisa n 8.

2008
537Com este número, foi convocado por Dunga para os Jogos Olímpicos e eleito o craque do Brasileirão, segundo a CBF. Levou também o São Paulo ao tri-hexa inédito na competição.

Depois de um ano no Santo André, Hernanes foi recolocado no Tricolor após viagem que o time B do Sampa fez à Índia, em 2007. Voltou no estadual daquele ano, mas tornou-se uma realidade no Brasileirão. Ali, apareceu como volante, usando o número 26 nas costas. Também chegou a usar o 8 em alguns duelos da Sul-Americana.

Ano passado, veio a consagração. Hernanes, com o número 15, foi o destaque do time no Brasileirão e eleito pela CBF o craque do campeonato. As atuações também fizeram com que ele, esta semana, fosse eleito a promessa n1 do ano, segundo diário inglês “The Times.”

– Fico muito feliz com isso e sei que, em 2009, posso render muito mais. Sei que ainda não rendi o meu máximo nos outros anos de carreira, por isso estou ciente de que posso fazer uma ótima temporada pelo São Paulo este ano – avisou o camisa 10.

E, em 2009, além de um número novo nas costas, Hernanes também vai mudar de posição. Por causa da boa qualidade com a bola nos pés e nos arremates, a ideia da diretoria é usá-lo como armador, atuando mais avançado, próximo dos atacantes.

O jogador não se assusta, já que atuava nesta posição nas categorias de base. Quando foi promovido, em 2005, ele também jogou nas duas laterais, além de atuar como volante.

– Ouvi uma coisa legal de um amigo em Recife. Lá eu sou conhecido como “pi” e ele disse que, na matemática, o “pi” que existe é sempre 3,14 e se encaixa em qualquer lugar. E ele disse que comigo será a mesma coisa nesta nova posição e com a nova camisa – contou o filósofo atleta.

Jogadores que já vestiram a 10 do São Paulo

RAÍ
Um dos maiores camisa 10 do São Paulo. No começo da década de 90, Raí foi um dos grandes líderes do time que conquistou o bicampeonato da Libertadores (92 e 93) e o título do Mundial de Clubes em 93. Depois de ser ídolo no PSG (FRA) ainda voltou ao São Paulo para ser campeão paulista em 2000, diante do Timão.
PITA
Contratado em 84, chegou com experiência para ser um dos líderes do time que foi apelidado de Menudos. Venceu o Campeonato Paulista em 85 e 87 e levantou a taça do Brasileirão em 86. Rápido e de bom passe, deu muitos gols a Careca e Muller.
DANILO
Chegou sob a desconfiança da torcida. Mesmo sendo um dos titulares absolutos da equipe nas conquistas da Libertadores e Mundial, ambos em 2005. Apesar disso, seu estilo de jogo era fundamental no esquema de Paulo Autuori e Muricy Ramalho.
RICARDINHO
Após brilhar no Corinthians, chegou ao São Paulo após muita polêmica. Entre 2002 e 2003 não conseguiu se firmar como ídolo da torcida, mesmo sendo titular. Na sua equipe jogaram Kaká e Luis Fabiano. Saiu para jogar no futebol europeu.
ADRIANO
Último grande nome a vestir a mísitica camisa no São Paulo. No entanto, não produziu o que era esperado e retornou à Internazionale (ITA) após o Tricolor ser eliminado da Libertadores deste ano para o Fluminense, no Maracanã.



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