segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Missão de Eduardo Costa: fazer história e negar violência.

“Nunca fui violento. O problema é que apareci muito novo e criou-se esta falsa imagem", diz o reforço são-paulino

Gazeta Esportiva

SÃO PAULO - Eduardo Costa apareceu no futebol com 18 anos e logo foi chamado na seleção brasileira por Luiz Felipe Scolari para jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2002. Uma ascensão que o levou ao futebol francês carregando consigo a fama de violento.

Quase oito anos depois, o volante aparece no São Paulo disposto a finalmente firmar seu nome e pôr fim aos comentários sobre sua truculência.

Aos 26 anos, o jogador desembarca no Morumbi depois de três meses sem jogar. Dispensado no Grêmio no primeiro semestre de 2008, quando o clube vivia crise devido às precoces eliminações no Gauchão e na Copa do Brasil, o atleta cansou de peregrinar sem destaque na Europa e cobrou sua liberação do Espanyol, equipe com seus direitos federativos. Quer ficar marcado no Brasil.

“Fui revelado no Grêmio e tenho uma marca lá, mas o retorno em 2008 não foi da forma como eu queria também por causa daquelas desclassificações. Agora, chego a um clube novo com novas perspectivas. Tenho contrato até dezembro de 2011 e meu pensamento é fazer história no São Paulo. É importante não só passar pelo clube”, discursa o meio-campista, que diz ter se dado bem no Olympique de Marselha e Bordeaux, na França, mas no Espanyol “só consegui uma boa amizade com o atual presidente”.

As palavras, ditas sob um carregado sotaque catarinense que ainda ostenta por sempre morar com a família em todos os países que passou, são prova da experiência, na opinião de Eduardo. O volante passou os últimos três meses treinando fisicamente em Florianópolis, sua terra-natal, chegando até a se orientar com o preparador físico Carlinhos Neves quando foi sacramentada sua contratação no São Paulo.

E é no Morumbi que o jogador quer mostrar que os anos como profissional acabaram com a violência que teimam em lhe colocar como rótulo. “Nunca fui violento. O problema é que apareci muito novo e criou-se esta falsa imagem. E, até pela posição, tenho que estar atento e chegar firme, mas sempre tento chegar na frente e dar passes”, argumenta.

Com este pensamento, Eduardo pretende usar sua primeira participação na Libertadores para, também, voltar a vestir a camisa verde-amarela, o que não acontece desde a Copa das Confederações de 2003, quando o técnico ainda era Carlos Alberto Parreira. “Fui para a seleção com 18 anos (em 2001) e já fui para o exterior, o que causa uma sumida. Ainda mais na França, que tem um campeonato difícil, mas sem a visibilidade do Espanha, Italiano e Inglês. Perdi espaço”, admite, sem perder a esperança.

“Com a cabeça que estou hoje, com certeza esperaria um pouquinho mais para sair. Mas a seleção acontece naturalmente e foi ótimo jogar lá fora. Adquiri experiência, fiquei mais confiante, mais tranquilo. E agora estou no São Paulo para mudar essa imagem de violento, porque aqui terei mais visibilidade do que no Grêmio”, comemora o novo camisa 8 tricolor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário