terça-feira, 13 de janeiro de 2009

São-paulinos realizam exames cardiológicos.

Como ocorrem todos os anos, o elenco são-paulino passou a manhã desta terça-feira fazendo testes no Hospital do Coração (HCor). Neste ano, porém, um atleta, que já teve sérios problemas cardíacos, não fez os exames. Washington, que esteve ameaçado de abandonar a carreira por um doença no coração, foi liberado por um relatório feito pelo médico que o trata desde 2004.

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Constantino Constantine, responsável por recuperar o atleta desde 2004, diz ter feito uma bateria de exames modernos e mais completos em relação aos do HCor, repetindo ritual que cumpre anualmente com o centroavante. Os resultados foram positivos e o departamento médico são-paulino aceitou o parecer, sob garantias do profissional de Curitiba.

"Já sou conhecido do doutor Sanchez (médico do São Paulo), do Turíbio (Leite de Barros, fisiologista do time tricolor) e do Marco Aurélio Cunha (superintendente de futebol). Há uma semana, eu assinei um termo de responsabilidade médica e, por isso, o Washington não vai fazer estes exames", relatou o próprio Constantine.

O HCor informou que o centroavante só foi liberado porque o São Paulo acatou a recomendação de Constantine. Com a indicação do clube, basta à entidade respeitar a opinião de quem cuida particularmente do goleador, apesar da liberação de Washington ainda causar discussões entre médicos esportivos.

Seguro de seu tratamento, Constantine assina termos para liberar Washington de exames regularmente. O profissional é responsável pelo jogador desde quando ele estava no Atlético-PR, em 2004, quando o 9 tricolor corria o risco de encerrar a carreira. Hoje, o artilheiro se diz 100%.

"Apesar do que alguns médicos disseram, nunca pensei em parar. Alguns recusaram me atender, mas o doutor Constantino cuidou de mim, me recuperou, e hoje posso jogar sem problema algum. Faço exames regularmente e estou sempre aprovado. Jogo mais do que tranquilo", declarou Washington em sua apresentação no São Paulo.

Criticado por dar condições de jogo a um atleta que não só é cardíaco, como é diabético, e toma remédios que afinam o sangue, Constantino se defende. "Há três anos, quem tomava esse medicamento não podia nem passar por ato cirúrgico, mas hoje já pode. E aspirina também afina o sangue, com um efeito anticoagulante. Vou proibir quem esteve gripado de jogar? E vou desestimular o diabético a praticar esporte?", questionou.

"Mais segurança do que fizemos, é impossível. Fizemos exames em Curitiba que poucos fazem no mundo. Não tenho temor. Respeito quem tem opinião diferente da minha, mas durante quatro anos este rapaz esteve absolutamente normal em testes altamente científicos. E acho que não se pode privar um indivíduo de sua atividade de trabalho", finalizou Constantine.

Reinaldo Marques/Terra
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